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27 de Agosto de 2005

Marcus Paiva, vereador de Ilhéus

"A cidade está sem rumo e o governo parado"
       afirma o vereador Marcus Paiva, que aponta uma enxurrada de denúncias de irregularidades envolvendo o prefeito Valderico Luiz que vão desde compras absurdas e estranhas sem licitação até gastos desnecessários, verdadeiras farras em cabanas de praia e restaurantes.
       O vereador Marcus Paiva (PPS) também chama a atenção para a instabilidade que tomou conta da administração, deixando a cidade ingovernável, principalmente com a exoneração, nos últimos dias, de vários secretários.
       Quanto a possibilidade de existência do mensalão envolvendo vereadores, Marcus Paiva afirma que trata-se de uma acusação leviana de parte da imprensa. O vereador também aposta na possibilidade do afastamento do prefeito.

A Região - Qual a avaliação que o senhor faz de toda essa novela do "mensalão"?
       É uma acusação leviana, onde parte da imprensa, sem provas e sem ter visto o conteúdo da fita, baseando-se apenas em depoimentos de políticos, alguns ex-aliados do atual prefeito e outros do anterior, citam nomes de pessoas, valores recebidos, quando na realidade não tem nada que de fato comprove o possível pagamento de mensalão a vereadores. Passei seis meses na bancada de situação e nunca ouvi falar desse tipo de relação do governo com os vereadores. Acho difícil que isso tenha acontecido e se aconteceu não passou por mim.

AR - Mas na sua opinião os vereadores receberam dinheiro para votar em projetos de interesse do governo?
       O prefeito seria muito burro se pagasse a vereador para votar em projetos do seu interesse, já que na Câmara só tomou pau em todos eles. Somente um projeto de autoria do Executivo foi aprovado pela Câmara sem sofrer modificações, o do repasse de recursos para as UTIs, fruto de um acordo com o Hospital São José e o Hospital Geral Luiz Viana Filho. Os demais foram rejeitados ou sofreram emendas. Um deles foi o que garantia uma arrecadação mensal de R$ 400 mil que seria administrada pela Secretaria de Transporte e Trânsito, na qual o vereador Zerinaldo Sena era o titular - nós rejeitamos.

AR - O que fazer para provar que o senhor e os demais vereadores não receberam o dinheiro?
       Apurando todas as denúncias através da Comissão Especial de Inquérito que foi criada, investigando tudo, doa em quem doer. É preciso também dar publicidade ao resultado dessa apuração porque o povo tem o direito de saber o que realmente aconteceu.

AR - Como o senhor vê o fato de seu nome ter sido citado?
       Isso é o que mais me entristece. A postura que sempre tive foi a de apurar as denúncias e irregularidades. De repente, numa suposição leviana, citam meu nome e parte da imprensa previamente me condena, sem provas nem defesa. Se tiver qualquer prova concreta de que eu recebi dinheiro de alguém, renuncio ao meu mandato imediatamente.

AR -Qual o interesse de envolver seu nome nessas denúncias?
       Os mais diversos, partindo de diferentes grupos. Um deles é por ter colocado meu nome como pré-candidato a deputado estadual. Isso acabou incomodando muita gente, tanto desse governo, que quer emplacar sua filha, como do vereador Zerinaldo Sena, que também diz que é candidato, e até do ex-prefeito.

AR - Como o senhor analisa a postura de Zerinaldo, de gravar a fita ilegalmente e mostrar primeiro a alguns políticos?
       A postura do vereador Zerinaldo Sena é uma que nunca adotei. O vereador Zerinaldo sempre foi meu inimigo na Câmara porque ele fazia parte do grupo do ex-prefeito Jabes Ribeiro, a quem sempre fui e continuo sendo oposição. A postura que ele deveria ter era de imediatamente procurar a Câmara e denunciar o que estava acontecendo.

AR - Na sua opinião o vereador gravou para denunciar ou pretendia ter essa fita como moeda de troca?
       Por se tratar do vereador Zerinaldo Sena, vai ficar essa interrogação na cabeça de cada um.

AR - A criação da Comissão Especial de Inquérito é uma forma de colocar tudo em pratos limpos?
       Com certeza. É a forma mais correta de se apurar as denúncias porque a Casa Legislativa é a casa fiscalizadora do povo. Porém o mais correto é esperar a fita que foi apresentada à Polícia Federal. Ai começa toda a parte de investigação da CEI. A fita da Polícia Federal é a prova legal que vamos ter e não tem outro caminho.

AR - E como fica a situação do prefeito Valderico Reis?
       O descrédito do governo municipal é uma coisa pública. Fiz parte do governo durante seis meses e relatei a ele várias irregularidades, mas ele tinha pessoas da sua confiança que diziam que estava tudo certo e ele acreditava. Apoiei Roland Lavigne e ele desistiu às vésperas das eleições. E seis meses foi o prazo que dei para que Valderico acertasse. Como nada fez e se envolveu nessas irregularidades, decidi romper com o governo.

AR - As denúncias de irregularidades já são suficientes para cassar o prefeito?
       Isso é discutível. Muitas vezes procurei ele para ter explicações sobre as compras sem licitação e o setor jurídico alegou que era legal por se tratar de estado de emergência. Indícios tem, mas cabe ao Ministério Público apurar se tinha ou não condições de fazer isso.

AR - O senhor vai ao Tribunal de Contas todos os meses, o que de estranho já foi observado?
       Muita coisa, principalmente as compras sem licitação. Tem verdadeiras aberrações, como uma compra de R$ 1.460.000,00 sem licitação, e tudo isso pode e deve ser apurado pela Comissão Especial de Inquérito.

AR - Voltando ao mensalão, o envolvimento de Valderico não daria para afastar o prefeito?
       Vai depender do teor da fita. Se ele estiver envolvido em corrupção ativa, como diz o vereador Zerinaldo Sena, acho que a situação se tornará irreversível em relação à cassação. Mesmo porque, a Lei Orgânica Municipal é muito clara em relação a isso. Pela parte das licitações vai depender muito mais das questões jurídicas.

AR - Pode-se afirmar que Ilhéus está desgovernada?
       Acho que a cidade está sem rumo e esse foi um dos motivos que procurei o prefeito para aconselhá-lo, mas o prefeito não viu com bons olhos os meus conselhos e deu continuidade ao processo centralizador.

AR - E essa saída em massa de secretários, deixando vários cargos vazios?
       A saída de secretários na velocidade com que vem ocorrendo deixa qualquer governo instável e não vi a reposição de imediato, com pessoas técnicas em cada setor. Ninguém sabe com quem tratar e a quem procurar. O governo tem errado muito na composição de sua equipe e esperamos que dessa vez ele procure pessoas que conheçam a cidade.

 

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