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24.Fevereiro.2018

Violência em Itabuna assusta bairros e a OAB

- que não veem perspectiva de melhora na situação. Há uma semana, três pessoas foram mortas e cinco baleadas no mesmo fim de semana, em tiroteios e execuções. O clima de insegurança já afeta até o transporte, que será comprometido em alguns bairros.

A Associação das Empresas de Transporte de Itabuna informou à Polícia Civil que vai suspender a circulação de ônibus, depois das 18 horas, nos bairros Maria Pinheiro, Daniel Gomes e Pedro Jerônimo, que vivem um clima de guerra entre traficantes, com tiroteios diários.

A AETU pediu uma intervenção na segurança pública, assim como a Ordem dos Advogados da Bahia, seccional Itabuna. Ela vai levar um relato da situação à Salvador, liderando um grupo de representantes da sociedade.

Volta da violência

Depois da calmaria dos últimos quatro anos, quando a cidade caiu no ranking das mais violentas e no Mapa da Violência, só nos 50 primeiros dias deste ano 20 homicídios foram registrados em vários bairros da cidade.

De repente começaram a ocorrer tiroteios em bairros periféricos e centrais, ataques a pessoas sem envolvimento com o tráfico de drogas, arrastões e arrombamentos de lojas no centro da cidade. O clima de insegurança tomou conta.

O presidente da OAB/Itabuna, Edmilton Carneiro, declarou ao Jornal das Sete, da Morena FM, que levará o assunto ao secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa. “A situação lembra o período de 2009 a 2013, quando Itabuna viveu dias sombrios. Esse clima voltou”.

Oposição cobra

A opinião dele se soma à da oposição na Bahia. “É inquestionável o aumento no número de homicídios, na Bahia, nos últimos 10 anos de governo do PT no estado e essa tendência continua sendo mostrada nos últimos levantamentos feitos por institutos de segurança”, diz a oposição.

Segundo o Mapa da Violência, entre janeiro de 2015 e agosto de 2017, a Bahia superou o Rio de Janeiro e São Paulo na quantidade de assassinatos, com 17.650 homicídios contra 12.294 de São Paulo e 15.685 do Rio. “Não vemos combate por parte do estado,” diz Leur Lomanto Jr, do MDB.

“A violência aumentou em todo o país, mas na Bahia houve um crescimento maior. Embora o governo estadual propague o combate, os policiais continuam reclamando da falta de estrutura e baixos salários. E o tráfico de drogas invadiu todo o interior sem uma resposta adequada do estado”.