a regiao
Find more about Weather in Itabuna, BZ
obra parada
24.Fevereiro.2018

Ebisa, acionada por dano ao erário, se habilita

para obra do Teatro Municipal de Itabuna na gestão de Fernando Gomes, o mesmo prefeito que foi acionado pelo Ministério Público ao lado da Ebisa por dano ao erário. A ligação entre os dois é antiga. Em 2006, o prefeito alegou que existia uma dívida com a empresa por coleta de lixo.

Na véspera de sair do cargo, em dezembro de 2008, Gomes mandou pagar uma Nota Fiscal de R$ 4.400.000 à Ebisa. O prefeito seguinte, José Nilton Azevedo (vice de Fernando), fez de tudo para pagar, mesmo com uma auditoria mostrando que a dívida era indevida.

Muito antes, em 2001, o Tribunal de Justiça da Bahia tinha proibido o pagamento por considerar o débito inexistente. Um processo de julho de 2016, na 1ª Vara da Fazenda Pública, pede que Gomes e a Ebisa sejam condenados por danos ao erário de R$ 4,4 milhões.

A Ebisa ganhava quase todos os contratos durante o terceiro mandato de Fernando Gomes, entre 1997 e 2000. Ao perder a eleição, o prefeito não conseguiu pagar a Ebisa antes de deixar o cargo. O prefeito que o seguiu, Geraldo Simões, se recusou a pagar.

Tentando de tudo

Depois de voltar à prefeitura, em 2004, Fernando Gomes tentou de novo. Ele ofereceu, em 2006 e sem negociar, um acordo prometendo pagar à Ebisa R$ 4,8 milhões por uma dívida que somaria apenas R$ 2,6 milhões originalmente.

“Somaria” porque, na verdade, a dívida nunca existiu, conforme tinha atestado o TJB em 2001. Mesmo que existisse, o valor oferecido (e não negociado) pela prefeitura foi escandaloso. Porém, em 2006, o juiz Antônio Laranjeiras, contrariando o TJB, mandou a prefeitura pagar.

O pagamento seria feito em parcelas, “para não afetar as finanças do município”. O tempo passou e em julho de 2016 o Ministério Público abriu a ação (0503189-07.2016.8.05.0113) por danos ao erário, pedindo a condenação do prefeito Fernando Gomes e da Ebisa.