PF continua a operação no TJ-Bahia
Nesta quinta-feira, em Salvador, foi deflagrada mais uma fase da Operação Faroeste, que visa a desarticulação de um esquema criminoso, de venda de decisões judiciais, por juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia. Quatro mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça.
Os alvos seriam um joalheiro, usado para lavar dinheiro, e um advogado. Ao longo das fases anteriores da operação, foram presos Maria do Socorro Barreto Santiago (desembargadora), Sérgio Humberto Sampaio (juiz), Adailton Maturino dos Santos (advogado que se apresenta como cônsul da Guiné-Bissau no Brasil).
Mais Antônio Roque do Nascimento Neves (advogado), Geciane Souza Maturino dos Santos (advogada e esposa de Adailton), Márcio Duarte Miranda (advogado e genro da desembargadora Maria do Socorro). Além disso, foram afastados do TJ-BA desembargadores e juízes acusados de participação no esquema.
A Polícia Federal informou que o grupo é suspeito de corrupção ativa e passiva, lavagem de ativos, evasão de divisas, organização criminosa e tráfico influência. Ainda segundo a PF, os mandados desta quinta-feira tiveram o objetivo de obter provas complementares da possível lavagem de ativos.
O joalheiro e o advogado teriam negócios utilizados como mecanismo de circulação de bens e valores obtidos de forma ilícita. Em nota, o Ministério Público Federal informou que os mandados foram apresentados pela Procuradoria-Geral da República.
Os alvos são pessoas ligadas a dois dos principais envolvidos no esquema criminoso e o objetivo desta fase da operação é recolher provas da prática de lavagem de dinheiro. Ainda de acordo com o MPF, esta etapa, batizada de Estrelas de Nêutrons, foi autorizada pelo relator do inquérito no STJ, ministro Og Fernandes.