Brasil avança com perfil genético

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, comemorou nesta quinta-feira o avanço no Banco Nacional de Perfil Genético, um instrumento poderoso para a resolução de crimes graves. "Ele foi criado pela Lei 12.654/2012, mas não foi implementado de maneira efetiva anteriormente por puro obscurantismo".

O novo Governo tirou a lei do papel e espera, até o final do mandato, ter o BNPG completo. "Resultado: investigações criminais mais eficientes, identificando a autoria de crimes pelo cruzamento do DNA encontrado em material colhido no local do crime com os perfis genéticos já existentes no banco".

Moro estipulou uma meta para o ano, mas ela já foi cumprida. "Ultrapassamos a meta do ano, que era de 65 mil perfis coletados. O avanço não teria sido possível sem o apoio das forças de segurança pública e da administração penitenciária dos Estados e Distrito Federal. Obrigado".

O ministro explica que nossa legislação já prevê que as pessoas condenadas por crimes hediondos ou violentos tenham seu perfil genético extraído. "Como funciona? Ninguém vai para um moedor de carne. Passa apenas um cotonete na boca, e com as células da saliva é extraído um perfil genético, um DNA";

"Ele é uma moderna impressão digital. Isso é incluído no banco nacional de perfis genéticos, uma rede integrada com os vários Estados. Colocando os dados dos vestígios e dos condenados há boa chance de resolução de crimes quando há um 'match' entre os dados dos vestígios dos crimes e dos condenados".

O ministro explicou como funciona. "A polícia, ao realizar uma investigação, preserva o local do crime e colhe vestígios. Dentre eles pode colher material biológico: fio de cabelo, gota de sangue, eventualmente esperma. Desse vestígio material é extraído o perfil genético e inserido no banco de dados".

Cruzando este perfil com os cadastrados no BNPG, é possível descobrir se algum dos bandidos que tiveram o DNA coletado participou deste crime. (Abr)

11:19 PM  |  


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