Jazzista francês faz show em Salvador

Considerado pela crítica europeia como um dos mais emblemáticos músicos de sua geração no continente, o saxofonista e flautista Samy Thiébault, francês nascido na Costa do Marfim, traz ao Brasil a turnê de seu sétimo álbum, “Caribbean Stories”, lançado em setembro.

Em Salvador, o show será dividido com o guitarrista baiano Mou Brasil, no dia 23 (sábado), às 20h30, no Teatro Molière da Aliança Francesa, na Ladeira da Barra. Fechando a banda estarão Ldson Galter (baixo) e Beto Martins (bateria). Os ingressos custam R$ 20 e podem ser adquiridos antecipadamente pelo Sympla.

O evento é o ponto alto da programação do Mês da Francofonia na capital baiana, que envolve o compartilhamento da língua francesa, respeitando a diversidade cultural e linguística, e que se expande para os valores humanistas e democráticos associados ao idioma.

Num repertório que somará obras autorais de Samy e de Mou com clássicos do jazz mundial e de referências comuns, a exemplo de John Coltrane, eles simbolizam a colaboração franco-brasileira numa verdadeira jam. No novo disco, Samy Thiébault mergulha ainda mais na música crioula.

Ele mostra como o jazz é um gênero que resulta de encontros de povos resistentes e que, há séculos, transforma destinos dolorosos em esplendor. Numa viagem literal e musical pelo Caribe, encontrando seus ritmos tradicionais e populares, ele não guerreia com o clichê, desconstrói conceitos e reconhece a complexidade cultural.

Calipso, merengue, valsa, bolero, cha-cha-cha e muitos outros gêneros compõem, na base do jazz, sem hierarquias, uma obra profunda. No disco, Samy é acompanhado de um time de várias partes do mundo: o percussionista Inor Sotolongo, o baixista Felipe Cabrera, o baterista Arnaud Dolmen e os guitarristas Hugo Lippi e Ralph Lavital.

Mou Brasil tem seu trabalho instrumental ligado às raízes brasileiras e jazz. Com dois discos autorais, “Esperança” (1992) e “Farol” (2013), é reconhecido pioneiro da música instrumental baseada em ritmos afro e contemporâneos no país.

Participou de grupos que marcaram sua geração, o Jazz Carmo Quinteto, Cozinha Baiana, Raposa Velha, Grupo Garagem e Bahia Black. Com mais de 40 anos de carreira, a busca musical o levou a diversos países, como França, Estados Unidos, Suíça, Portugal, Espanha, Argentina, México, Uruguai, Israel e Japão.

11:21  |  


Gostou? Repasse...