a regiao
booked.net
25.Setembro.2021

Conheça os impactos da doença de Alzheimer

alzheimer


no cérebro, presente no processo de envelhecimento de muitas famílias brasileiras. As demências e especialmente a doença de Alzheimer ainda são desconhecidas do público em geral, em especial os fatores que levam ao desenvolvimento da doença.

Mais comuns entre as demências, a doença de Alzheimer é definida pela Associação Internacional da Doença de Alzheimer como uma auto degeneração neuronal, ocasionada pelo mal funcionamento das proteínas betamiloide e tau.

Quando essas proteínas não funcionam bem, as sinapses – que são a comunicação entre os neurônios –, deixam de funcionar e esses neurônios morrem, a partir desse mal funcionamento.

Essa é uma perda irreparável, como lembra Livia Ciacci, Mestre em Sistemas Neuronais do SUPERA – Ginástica para o cérebro. “Uma vez instalada não tem como fazer esse neurônio funcionar de novo. A localização e a intensidade que vão acontecendo essas perdas, vão definir os sintomas que o paciente vai perceber”, detalhou.

Contudo, é possível estimular o cérebro ao longo da vida para retardar o aparecimento dos sintomas. Entenda abaixo como isso acontece, além de conferir outras perguntas e respostas frequentes sobre o assunto:

Qual é a diferença entre as demências e o Alzheimer?

A doença de Alzheimer é caracterizada como um transtorno neurocognitivo maior. Isso porque, diferente de outros transtornos – classificado dentro das categorias leve e moderado –, a doença de Alzheimer causa prejuízo cognitivo maior na vida do paciente, fazendo com que ele tenha uma dependência maior de cuidados.

“A doença de Alzheimer é um dos transtornos neurocognitivos maiores. Ela pode levar a uma dependência, tem uma evolução lenta e progressiva, que causa perdas irreparáveis, inclusive essas perdas começam no hipocampo e nas áreas corticais que trazem os sintomas característicos de perda de memória, linguagem, desorientação espacial e dificuldade para resolver problemas”, explicou a especialista.

Qualquer pessoa pode ter Alzheimer?

Quando o assunto é a doença de Alzheimer, fatores genéticos tem um peso importante, mas especificamente mutações dos cromossomos 14 e 21.

Famílias que apresentam essa mutação, tem maior probabilidade de passar esse fator aos descendentes e eles desenvolverem a doença de Alzheimer, mas este, segundo a especialista, não é esse o único fator.

“É muito difícil falar em uma causa para a doença de Alzheimer. Ela é uma doença multifatorial, então todo estilo de vida, nível de educação, estilo de alimentação, atividade física, que a pessoa desenvolveu ao longo da vida, isso vai impactar no processo de envelhecimento dela e pode aumentar ou não a chance de ela desenvolver a doença de Alzheimer”, lembrou.

O que eu posso fazer hoje para não ter Alzheimer?

Como o Alzheimer é uma doença multifatorial, a prevenção também deve ser feita por vários fatores e o primeiro ponto é cuidar da saúde geral do organismo, observando o controle das doenças crônicas – como diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares, hipertensão, sem esquecer da atividade física e alimentação.

Uma vez que o corpo está saudável, segundo a especialista, é importante observar de perto a cognição, utilizando estratégias de treino cognitivo para um resultado positivo que podem retardar o aparecimento dos sintomas da doença.

“Uma vez que eu tenho metas em cima de um treino cognitivo, com atividades que envolvem novidade, variedade e grau de desafio crescente, essas atividades estimulam a neuroplasticidade, ou seja, a capacidade do sistema nervoso modificar sua estrutura e função em decorrência dos padrões de experiência. Com a neuroplasticidade sendo estimulada, eu consigo uma reserva cognitiva robusta. Essa reserva contribui para que o cérebro seja mais resistente aos danos de uma possível degeneração da idade ou uma doença”, disse.

Meus pais têm Alzheimer, eu vou ter também?

Ter parentes de primeiro grau com a doença não é exatamente uma sentença. É possível fazer muito pelo cérebro, criando reserva cognitiva e se antecipando a qualquer sintoma que venha a aparecer no futuro. Confira dicas importantes que podem ajudar nesta compreensão:

Estimulação cognitiva e doença de Alzheimer

A estimulação cognitiva ou ginástica para o cérebro não cura ou impede o andamento da doença, mas são uma ferramenta a favor da reserva cognitiva que se forma a partir das vivências feitas ao longo de toda a vida, como por exemplo empregos desafiadores que movimentam dados e favorecem a plasticidade do cérebro.

Ter uma reserva cognitiva robusta favorece com que a plasticidade do cérebro se mantenha mesmo se a doença se manifestar, evitando assim que os sintomas se agravem rapidamente.

Como os estímulos cognitivos colaboram neste sentido?

A ginástica para o cérebro organiza os estímulos cognitivos. Essa organização de estímulos trás sempre novidade, variedade e grau de desafio crescente, porque não adianta nada quebrar a cabeça em problemas ou desafios, ou colocar o idoso e cobrar que ele seja super desempenhado em resolver problemas, se o estímulo não estiver no grau de dificuldade correto ou evoluindo.

Desafios fáceis demais não motivam e difíceis demais causam frustração e o objetivo da ginástica para o cérebro é justamente motivar em prol de uma neuroplasticidade que avança com a reserva cognitiva.

No caso dos idosos, o que é possível fazer para evitar o aparecimento de sintomas de Alzheimer?

Primeiramente: identificar se você tem na família algum caso ou já passou alguma dificuldade com um familiar com doença de Alzheimer. Se a resposta for sim, é preciso redobrar os cuidados com a saúde e os bons hábitos e nunca parar. Albert Einstein já nos ensinou que a vida se mantém em movimento e não significa que você aposentou e pode ficar a “à toa”. É muito importante nos mantermos ativos e principalmente envolvendo coisas que a gente gosta, mas além das leituras, da convivência social, ter em nossa rotina os treinos cognitivos de atenção, memória, coordenação motora. Tudo isso contribui muito para a agilidade mental, para que você mantenha uma independência, uma autonomia e consiga viver melhores momentos com a sua família até o final da vida.

Os idosos ficaram muito tempo isolados. Isso pode afetar o cérebro deles de alguma forma contribuindo para o Alzheimer?

Somos seres sociais e dependemos 100% de convivência e a faixa etária dos idosos foi a mais impactada no período de pandemia e isolamento que perdura até hoje.

“Imagine que este idoso já ficou longe da convivência familiar e sente essa falta. Ele ainda tem insegurança de retornar, porque a vacina não resolveu 100% dos problemas ainda, e todo esse período sozinho pode aumentar muito os casos de ansiedade, depressão e apatia. Isso favorece o quadro de doença de Alzheimer ainda mais se a pessoa já tiver pré-disposição”, concluiu a especialista.


Muito esforço foi feito para produzir estas notícias. Faça uma doação para repor nossas energias. Qualquer valor é bem vindo. Pode ser via Bradesco, ag 0239, cc 62.947-2, em nome de A Região Editora Ltda, ou pelos botões abaixo para cartão e recorrentes.

     


morena fm

a regiao
booked.net
1.Junho.2021

Nova estrada não duplica nem resolve o problema

nova estrada


do alto fluxo de veículos entre Itabuna e Ilhéus. A obra anunciada pelo estado não duplica a Rodovia Jorge Amado e cria um novo problema, gerando um congestionamento constante no Banco da Vitória, onde a nova estrada, que será de mão única na direção do litoral, termina.

O prefeito de Itabuna, Augusto Castro, que é da base do governador, disse que a nova rodovia "ligando os maiores municípios do sul da Bahia", "realiza esse sonho de várias décadas da população sulbaiana". Mas a nova estrada não liga as duas cidades, parando bem antes.

Também não é o "sonho de várias décadas". Este era a duplicação real da estrada, da saída de Itabuna até a chegada em Ilhéus. O projeto também previa uma ligação da BR-101 até o começo da nova pista, além de saídas essenciais para o futuro Porto Sul e o litoral sul.

Não tem o essencial

Na altura do Banco da Vitória, onde a estrada estadual vai terminar, o projeto previa uma pista ligando diretamente à zona norte, outra à zona sul, desafogando o tráfego, principalmente no verão, quando milhares de carros têm que entrar na cidade para seguir até as praias.

A estrada estadual não tem nada disso. Ela aproveita uma estrada de terra que já existe entre os dois pontos. Não prevê ligação alguma ao Porto Sul, como no projeto original, tornando-a uma obra inútil para o sul da Bahia se o Governo Federal não intervir e construir o restante do original.

A nova estrada, além de não resolver o problema, custará R$ 40 milhóes a mais que a do projeto original, um mistério que deveria ser investigado pelo Ministério Público. Ao fazer uma meia obra com dinheiro estadual, o governo baiano evita ser fiscalizado pelo TCU.

Mentiras oficiais

O anúncio da obra está cheio de mentiras. "A rodovia vai ser importante para o desenvolvimento econômico do Litoral Sul baiano, porque facilitará a ligação da região com o Oeste, Meio Oeste e Extremo Sul do estado". A nova estrada não tem ligação sequer com a BR-101.

"Em Ilhéus, o escoamento da produção de grãos em direção ao Porto de Malhado será beneficiado com a implantação da via". As carretas de grãos vêm pela estrada de Uruçuca. Se mudarem para a nova estadual, vão congestionar o Banco da Vitória. E não existe ligação com a BR-101.

O estado diz que a estrada vai facilitar "o transporte de produtos agrícolas e do minério da região de Brumado em direção ao Porto Sul, que será construído em breve". Esta é a maior mentira, já que todo o transporte será feito pela Ferrovia de Integração Oeste/Leste.

Por fim, o anúncio do estado diz que a estrada "vai proporcionar melhoria no deslocamento entre as duas cidades", algo improvável, devido ao gargalo que será formado em Banco da Vitória. Outra falácia é a de que facilita o acesso às praias, como apontou o Jornal das Sete, da rádio Morena FM.

Todos os motoristas terão que entrar em Ilhéus do mesmo jeito que fazem hoje, além de enfrentar o afunilamento no Banco da Vitória. Sem ligar as duas cidade, sem ligação com a BR-101, nem saídas para as zonas norte e sul do litoral, a nova estrada é uma obra cara e inútil.


Muito esforço foi feito para produzir estas notícias. Faça uma doação para repor nossas energias. Qualquer valor é bem vindo. Pode ser via Bradesco, ag 0239, cc 62.947-2, em nome de A Região Editora Ltda, ou pelos botões abaixo para cartão e recorrentes.

     


morena fm