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19.Junho.2021

Médicos desmontam a farsa anti-cloroquina

cloroquina


na CPI da Pandemia, instalada no Senado. Ela ouviu nesta sexta-feira (18) dois médicos que se manifestam a favor do tratamento inicial contra a covid-19, o infectologista Ricardo Ariel Zimerman e Francisco Eduardo Cardoso Alves. A reunião começou com uma cena inédita em CPIs e que envergonha o parlamento.

O relator Renan Calheiros, cuja função é ouvir todas as partes para depois elaborar seu relatório, se recusou a ouvir os médicos porque defendem uma posição contrária à que o senador já decidiu ser a "real". Calheiros se recusou a fazer perguntas para os médicos e se retirou da sessão.

O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues, e o senador petista Humbeto Costa também deixaram a sessão, se recusando a ouvir um ponto de vista profissional que não se encaixa nos objetivos políticos da CPI. Os médicos começaram demolindo o mito de que a cloroquina é perigosa.

Estudos criminosos

Eles lembraram que esta alegação foi feita em cima de dois estudos fraudados. O que foi publicado na revista científica britânica The Lancet foi revogado porque os pesquisadores admitiram que o trabalho não era confiável. A revista teve que se retratar por ter aceito o estudo.

Segundo o Dr. Ricardo Zimerman, “os dados de toxicidade de cloroquina e hidroxicloroquina se concentram nesse trabalho de Manaus e em um outro que é pior, porque é totalmente falso, que é o Surgisphere, que passou no Pearl Review com mais de 94 mil pacientes que não existiam”.

“Houve suspensão de estudos com a hidroxicloroquina e é por isso que a gente vai ter que se posicionar agora ou não teremos informações novas para se posicionar. Não tem grandes estudos em andamento em virtude da má ciência”.

O médico Francisco Cardoso acrescentou que o estudo considerado fraudulento e publicado pela Lancet serviu de base para uma ação movida contra o Ministério da Saúde devido à nota informativa que tratava do uso da “cloroquina como terapia adjuvante no tratamento de formas graves da Covid-19″.

A ação teria sido movida no Supremo Tribunal Federal, mas na verdade foi movida no Ministério Público Federal por Procuradores da República de São Paulo, Sergipe, Rio de Janeiro e Pernambuco. “Eu fui um dos médicos brasileiros que denunciou publicamente isso [que o estudo era fraudulento]".

"Eu tive que ouvir de colegas ‘esse é o melhor estudo’, ‘essa é a pá de cal’, como se fosse uma torcida contra a medicação. E ainda tive que ouvir ‘quem é você para contestar o Lancet?’ Doze dias depois o Lancet retratou o estudo”, destacou.

Vergonha para a ciência

Para ele, a publicação da The Lancet é a maior vergonha da ciência da última década. "Esse estudo é base de uma ação contra a nota informativa do Ministério da Saúde, que eu ajudei a construir, dizendo que era uma nota falsa, uma nota obscurantista. E essa ação tem como ação um estudo fraudulento que foi revogado pela Lancet".

Os médicos defenderam que medidas, como o uso de medicamentos sem eficácia científica comprovada contra a Covid-19, sejam tomadas assim que é feito o diagnóstico do paciente. "Deixando bem claro que o termo tratamento precoce, em si, é um erro. Não existe tratamento precoce, existe tratamento", afirmou Francisco Alves.

"Nenhum médico espera um câncer ficar do tamanho de um abacate para propor um tratamento para o cidadão. Não espero um paciente com dor no peito infartar para propor o tratamento".


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1.Junho.2021

Nova estrada não duplica nem resolve o problema

nova estrada


do alto fluxo de veículos entre Itabuna e Ilhéus. A obra anunciada pelo estado não duplica a Rodovia Jorge Amado e cria um novo problema, gerando um congestionamento constante no Banco da Vitória, onde a nova estrada, que será de mão única na direção do litoral, termina.

O prefeito de Itabuna, Augusto Castro, que é da base do governador, disse que a nova rodovia "ligando os maiores municípios do sul da Bahia", "realiza esse sonho de várias décadas da população sulbaiana". Mas a nova estrada não liga as duas cidades, parando bem antes.

Também não é o "sonho de várias décadas". Este era a duplicação real da estrada, da saída de Itabuna até a chegada em Ilhéus. O projeto também previa uma ligação da BR-101 até o começo da nova pista, além de saídas essenciais para o futuro Porto Sul e o litoral sul.

Não tem o essencial

Na altura do Banco da Vitória, onde a estrada estadual vai terminar, o projeto previa uma pista ligando diretamente à zona norte, outra à zona sul, desafogando o tráfego, principalmente no verão, quando milhares de carros têm que entrar na cidade para seguir até as praias.

A estrada estadual não tem nada disso. Ela aproveita uma estrada de terra que já existe entre os dois pontos. Não prevê ligação alguma ao Porto Sul, como no projeto original, tornando-a uma obra inútil para o sul da Bahia se o Governo Federal não intervir e construir o restante do original.

A nova estrada, além de não resolver o problema, custará R$ 40 milhóes a mais que a do projeto original, um mistério que deveria ser investigado pelo Ministério Público. Ao fazer uma meia obra com dinheiro estadual, o governo baiano evita ser fiscalizado pelo TCU.

Mentiras oficiais

O anúncio da obra está cheio de mentiras. "A rodovia vai ser importante para o desenvolvimento econômico do Litoral Sul baiano, porque facilitará a ligação da região com o Oeste, Meio Oeste e Extremo Sul do estado". A nova estrada não tem ligação sequer com a BR-101.

"Em Ilhéus, o escoamento da produção de grãos em direção ao Porto de Malhado será beneficiado com a implantação da via". As carretas de grãos vêm pela estrada de Uruçuca. Se mudarem para a nova estadual, vão congestionar o Banco da Vitória. E não existe ligação com a BR-101.

O estado diz que a estrada vai facilitar "o transporte de produtos agrícolas e do minério da região de Brumado em direção ao Porto Sul, que será construído em breve". Esta é a maior mentira, já que todo o transporte será feito pela Ferrovia de Integração Oeste/Leste.

Por fim, o anúncio do estado diz que a estrada "vai proporcionar melhoria no deslocamento entre as duas cidades", algo improvável, devido ao gargalo que será formado em Banco da Vitória. Outra falácia é a de que facilita o acesso às praias, como apontou o Jornal das Sete, da rádio Morena FM.

Todos os motoristas terão que entrar em Ilhéus do mesmo jeito que fazem hoje, além de enfrentar o afunilamento no Banco da Vitória. Sem ligar as duas cidade, sem ligação com a BR-101, nem saídas para as zonas norte e sul do litoral, a nova estrada é uma obra cara e inútil.


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