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27.Fevereiro.2021

Consumo de álcool aumentou bem em Salvador

alcoolismo


na pandemia, assim como no país como um todo, porém os dados da capital baiana e de Florianópolis (SC) chamam a atenção. O estudo, da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), revela índices alarmantes sobre o consumo de álcool durante o isolamento social.

A pesquisa foi realizada entre maio e junho de 2020, com mais de 12 mil pessoas em 33 países da América Latina e Caribe e 30,8% dos entrevistados eram brasileiros. 35% dos ouvidos, com idade entre 30 e 39 anos, assumiram ter abusado das bebidas alcoólicas durante a pandemia.

Os pesquisadores denominaram como Beber Pesado Episódico (BPE), que acontece quando o indivíduo consome, em uma única ocasião, quantidades excessivas de álcool. A quantidade varia para homens e mulheres. Para eles, são cinco ou mais doses de bebidas alcoólicas e para elas, quatro.

Camuflando problemas

De acordo com os pesquisadores, as bebidas alcoólicas são ingeridas para aliviar o estresse do isolamento. Do total, 52,8% dos entrevistados que exageram no consumo relataram pelo menos um sintoma emocional como ansiedade, nervosismo, insônia, preocupação, medo, irritabilidade e dificuldade para relaxar.

Apesar de ter se agravado durante a pandemia, este é um problema que vem crescendo há alguns anos. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o consumo médio de álcool do brasileiro aumentou nos últimos sete anos.

40,2% dos entrevistados afirmaram ter consumido bebida alcoólica ao menos uma vez na semana. Salvador e Florianópolis estão entre as capitais que apresentaram as maiores taxas de consumo de álcool, destaca a psiquiatra Miriam Gorender, professora dos cursos de Medicina da Rede UniFTC.

Alcool gera problemas

"Pessoas que exageram no consumo de álcool podem apresentar depressão, ansiedade e até psicose. Sugiro passar a realizar outras formas de alívio dos sintomas. Exercício físico, meditação, rotina regular e estruturada, contato frequente, mesmo que virtual, com os parentes e amigos".

"Caso não melhore, é importante lembrar que bebida não é medicação. Procure um psiquiatra e o mesmo poderá dizer qual tratamento é mais indicado” alerta, lembrando da OMS. Segundo a Organização Mundial da Saúde, se a pessoa consome mais de 20g de álcool puro por diacorre riscos de saúde e outros problemas.

O mesmo acontece se não deixa de beber por, pelo menos, dois dias na semana. Ainda segundo a Instituição, não existe um nível seguro para beber e mesmo pequenas doses podem estar associadas a riscos significativos, como maior predisposição para doenças hepáticas ou dependência do álcool.

Segundo o Centro de Informações de Saúde e Álcool, a meta estipulada pela OMS é reduzir em, pelo menos, 10% o consumo nocivo de álcool até 2025. Tal padrão é notoriamente reconhecido como um importante problema de saúde, associado a cerca de 5% de todas as mortes no mundo e a 200 tipos de doenças e lesões.

A psiquiatra destaca que é importante que amigos e família estejam atentos aos sinais que indicam que é hora de procurar ajuda, como “consumo diário excessivo, alteração de comportamento relacionada à bebida, incapacidade de reduzir o consumo, pôr de lado interesses importantes por causa do álcool”.


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