PGR defende ação contra os Cedraz

Em documento encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defende o recebimento integral da denúncia contra o ministro do Tribunal de Contas da União Aroldo Cedraz; seu filho, o advogado Tiago Cedraz, e outras duas pessoas por tráfico de influência.

Os quatro foram acusados de negociar e receber propina da UTC Engenharia com o propósito de influenciar o julgamento de processos referentes à usina Angra 3, que estavam em andamento no TCU. Na manifestação endereçada ao relator Edson Fachin, a PGR pede para que sejam rejeitadas as questões preliminares.

A procuradora-geral rebate, uma por uma, as argumentações dos envolvidos. Eles alegaram, por exemplo, que não há elementos que apontem para a prática do crime, uma vez que a sindicância do TCU concluiu pela regularidade do empreendimento.

De acordo com a PGR, esse argumento não deve ser levado em consideração porque as esferas penais e administrativas são independentes. A manifestação ministerial também rechaça a alegação de que a denúncia descreve os fatos de forma genérica.

A PGR afirma que a ação narra detalhadamente os ilícitos, indicando a conduta de cada um: Aroldo Cedraz, Bruno de Carvalho Gallano, Luciano Araújo de Oliveira e Tiago Cedraz. “A inicial acusatória descreve de forma clara, objetiva e individualizada a atuação de cada um dos denunciados”.

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