Bahia lidera em "crises de asma"
Especialistas estão reunidos, até esta terça, para debater os principais aspectos da asma em Recife (PE). Médicos pneumologistas aproveitam o XLV Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia para discutir o impacto da doença, principalmente na forma grave.
Neste ano, até setembro, 23.577 pessoas já foram internadas no Nordeste por ataques de asma. A Bahia teve a maior quantidade de pacientes, 8.679, seguida de Maranhão (4.122), Pernambuco (2.226), Piauí (2.121), Paraíba (1.289), Sergipe (938), Rio Grande do Norte (406) e Alagoas com 376.
A asma grave causa falta de ar, inúmeras idas ao hospital, perda da qualidade de vida e crises, as chamadas "exacerbações". A enfermidade é caracterizada por quadros de exacerbações frequentes, mesmo com o tratamento adequado, que inclui altas doses de corticoide inalatório e oral diariamente.
“A asma grave é uma doença crônica que depende essencialmente do controle, por meio dos tratamentos corretos que contribuam para uma melhor qualidade de vida. O diagnóstico preciso é essencial para distinguir uma asma mal tratada de outra em sua forma grave".
"É importante ressaltar que temos terapias modernas e eficazes que diminuem em 50% o uso de corticoide oral e em até 60% o número de internações hospitalares e visitas à emergência causadas pelas exacerbações”, explica Bernardo Maranhão, médico pneumologista da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).