Rombo no setor elétrico sobra para nós
Novos custos do setor elétrico podem recair sobre o consumidor. Dessa vez, o rombo é de R$ 6 bilhões e envolve a Conta de Desenvolvimento Energético, fundo setorial que banca subsídios da área de energia.
O encargo é pago por empresas de distribuição, com valor fixado pela Agência Nacional de Energia Elétrica. Mas a Aneel está sendo alvo de decisões judiciais por cobranças indevidas.
Caso a despesa não seja assumida pelo Tesouro, o valor bilionário será distribuído entre os consumidores domésticos. O deputado federal Pedro Vilela, do PSDB de Alagoas, ressalta a incoerência do governo.
"Há poucos dias disse em propaganda que a bandeira tarifária verde suavizaria as contas do brasileiro. Quase tudo nesse governo é baseado na mentira. Governo esse que se notabilizou por usar mentira e fraude como instrumento".
O deputado lembrou que as falhas na condução da política energética pelo PT são antigas e que, em 2012, o governo aplicou o maior golpe contra o brasileiro ao editar a Medida Provisória 579.
Ela autorizou indenizações milionárias para o setor elétrico e o Executivo comprometeu os brasileiros. Desde então, as tarifas cresceram quase 70% em apenas dois anos.
"A gente tem acompanhado a série de mentiras deslavadas que a presidente Dilma vem afirmando quando de forma criminosa mentiu ao povo brasileiro e impôs um desconto na tarifa de energia que era absolutamente insustentável".
O valor de R$ 6 bilhões é metade do que os consumidores de energia de todo o país têm previsão de pagar das despesas do fundo ao longo de 2016. De Brasília, Jéssica Vasconcelos.