A Regiao
Volta ao inicio
Inicio
Fale conosco | Tempo na Bahia | Servicos | Quem somos
Opinião

:: Ultimas
:: Geral
:: Itabuna
:: Ilhéus
:: Bahia
:: Malha Fina
:: Charge!
:: Internet
:: Giro Geral
:: Giro da Bahia
:: Entrevistas
:: Artigos
:: Serviços
:: Comercial
:: Contatos
 
 
jupara.com.br
Anuncie aqui: (73) 3617-0335

23 de dezembro de 2006

Nélis Araújo Jr, Coordenador da 6ª Coorpin

"Reafirmo que não posso conviver com bandido"
na mesma cidade, garante o Coordenador da 6ª Coorpin Nélis Araújo Júnior, que assumiu em julho do ano passado com o desafio de reduzir o alto índice de criminalidade que assustava a população e levou a sociedade a exigir providências do governo do Estado.
      Na época mais de 10 mil pessoas foram às ruas numa manifestação de repúdio à ineficiência do serviço de segurança na cidade. Ao chegar Nélis polemizou ao dizer que "lugar de polícia é na rua e não sentado no complexo policial".
      Nélis Araújo tem 33 anos, é de salvador, e mostra uma capacidade de trabalho rara no setor público. Em pouco tempo depois de chegar a Itabuna ele reduziu os índices de violência pela metade, resolveu casos que estavam sem solução e tirou a impunidade de quem estava acostumado com ela.

A Região - Existe um grupo de pessoas incomodadas com seu trabalho, tentando até transferí-lo com manobras de bastidores. O que o senhor tem a dizer a elas?
       Eu estou aqui para cumprir um trabalho para a sociedade, é para ela que eu trabalho. Então, enquanto meu trabalho for aprovado, eu continuo. Agora, essas pessoas, se estão querendo que eu saia daqui, se meu trabalho as incomoda, deve ser por medo de serem presas.

AR - Alguns crimes continuam insolúveis por aqui. O senhor tem algum plano para solucionar estes mistérios?
       Para resolver crimes como os de Ismar Scher e o do ex-prefeito de Jussari, penso em montar uma força tarefa, uma comissão, ainda em janeiro, para investigar e tocar estes inquéritos. Sempre divulgando o que for encontrado, às claras, para que nada fique às escondidas. Gosto de trabalhar com total transparência.

AR - O senhor assumiu a 6ª Coorpin em um momento crítico. Como foi?
       Quando fui convidado a assumir Itabuna pelo diretor do DEPIN, Hélio Jorge, recebi também a determinação para dar uma resposta concreta à sociedade e resgatar o bom nome da polícia civil, que estava desgastado pela onda de crimes.

AR - Quando assumiu, o número de homicídios era alarmante e a população protestava nas ruas. A que o senhor atribui a redução dos crimes?
       Já no primeiro mês fomos desafiados e prendemos a quadrilha de Fantasma e os grupos de extermínio. Reduzimos em 90% os assassinatos sem derramar sangue, utilizando apenas a inteligência policial. De 81 homicídios no primeiro semestre, fechamos o segundo com apenas 39. E a população dos bairros pôde respirar com mais tranquilidade.

AR - Após sua chegada, várias quadrilhas que estavam "à vontade" foram presas. Qual o segredo?
       Entendemos que era necessário combater os ferros velhos e desmanches irregulares, a máfia dos corretores (que negociavam veículos com restrição policial e administrativa), além da pirataria de DVDs e CDs. Fomos em cima das quadrilhas e realizamos a maior apreensão de crack na história da região.

AR - A Equipe Força de Reação foi criada quando o senhor chegou. Trouxe alguém de fora?
       É uma equipe tática fortemente armada, com fuzil e metralhadora, mas que entendeu a importância do uso da inteligência policial. É composta exclusivamente por policiais de Itabuna, que na verdade considero a elite da Polícia Civil.

AR - O senhor e a Equipe Força de Reação são referências. Ao que se deve essa imagem?
       Os policiais de Itabuna são incansáveis no combate à criminalidade. Destemidos, esses policiais ergueram a cabeça e deram um exemplo para toda a sociedade. Alfredo, Rui, Paulo Rainha, Herval, Gabriel, Trindade, Vasconcelos, Ronaldo, Elísio, Luciana, André, Admilson, Nogueira, Jobson, Mário, Well, Márcio, Jabson, Alex e Fonseca são na verdade os merecedores do crédito.

AR - Alguns crimes considerados insolúveis foram solucionados ou estão na eminência de ser. Como isso foi possível?
       O volume de homicídios não deixava tempo para a polícia sequer fazer o levantamento cadavérico. Os bons delegados estavam super lotados e outros tiveram que ser afastados. Solucionamos e prendemos autores de crimes como os da jovem Thacianna Camboim, Neto Lacerda, Ronaldo Tavares, Gerson Baracho e outros.

AR - Neste momento o senhor está investigando o caso mais polêmico e difícil da sua carreira (o caso Marcos Gomes)?
       Ao contrário. Não vi qualquer grau de dificuldade no inquérito, dado que a materialidade delitiva e autoria logo restaram provadas. Quanto à polêmica, soubemos administrá-la com o apoio dos delegados que auxiliam e presidem o inquérito.

AR - No caso deste assassinato, há possibilidade de ter havido linchamento?
       Não. Desde o início as dezenas de testemunhas relataram que as pessoas permaneceram de forma ordeira na festa. Na exumação pude perceber que as lesões foram isoladas e provenientes de um único instrumento contundente e dos disparos de arma de fogo, além da vítima ter permanecido amarrada por horas dentro da casa de um trabalhador rural. Descarto totalmente a possibilidade de linchamento.

AR - Após o interrogatório do principal suspeito, Markson Oliveira, qual sua convicção?
       Esperava que Markson Oliveira se defendesse, pois é notório que eu o considerava como autor dos crimes, baseado nas provas testemunhais e científicas. Fiquei surpreso, porque ele 'tombou' inerte às acusações, sendo necessário que fosse indiciado pelos crimes cometidos na Fazenda Redenção, no último dia 2 deste mês.

AR - Qual o próximo passo deste inquérito?
       Já relatei no inquérito apontando Markson Monteiro de Oliveira como autor dos crimes e enviei a peça para a Justiça. Mas ainda aguardo novidades e talvez uma surpresa dura, mas necessária.

AR - Era prevista a repercussão deste crime, levando em consideração que o principal suspeito é filho do prefeito Fernando Gomes?
       Claro. Markson Oliveira, conhecido como Marcos Gomes, acabou de sair de uma candidatura para deputado e seu pai é prefeito de uma das maiores cidades da Bahia. A exposição na mídia era, portanto, obrigatória.

AR - A polícia deu uma resposta em menos de um mês quanto a este crime, não?
       O crime ocorreu no dia 2 de dezembro. No dia 6 nós avocamos o inquérito e montamos uma força tarefa. Já no dia 7 entramos com representação pedindo a exumação do corpo. Recebido o mandado de exumação, este foi cumprido no mesmo dia, na cidade de Itapetinga. Ainda neste dia ouvimos sete testemunhas e demos entrada em um pedido de busca e apreensão na fazenda e na residência. O fato é que agimos com muita celeridade e firmeza.

AR - Qual sua avaliação dos seis meses de trabalho em Itabuna e o que espera?
       Continuo afirmando que não posso co-habitar com bandido na mesma cidade. Estou servindo em Itabuna, mas o meu compromisso é com a instituição. Espero seguir cumprindo o meu dever onde estiver.

 

calango.com
Cotações
Dolar, Cacau, Boi Gordo, Café e Leite

Eventos
A agenda de eventos da Bahia, do portal Calango.com

Links
Os sites recomendados por A Região

Balaio
Os classificados online de A Região

Marcel Leal
Artigos do presidente da Rede Morena

Caso Leal
Mais de 7 anos de impunidade

Calango.com
Conheça o Portal da Bahia

Propaganda
Saiba como anunciar em A Região e confira a pesquisa de audiência


[ Geral ] ....  [ Itabuna ] ....  [ Ilheus ] ....  [ Bahia ] ....  [ Malha Fina ] ....  [ Comercial ] ....  [ Giro Geral ]

Copyright©2005 A Região Editora Ltda, Praça Getúlio Vargas, 34, 45600-020, Itabuna, BA, Brasil
Telefax (73) 3211-8885. Reprodução permitida desde que sem mudanças e citada a fonte.