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14.Janeiro.2021

Expectativa de vida dos brasileiros aumenta

expectativa de vida


e chega a 76,6 anos em 2019, com as mulheres vivendo, em média, sete anos a mais que os homens no Brasil. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os brasileiros estão vivendo por mais tempo.

A afirmação pode ser comprovada a partir dos resultados das Tábuas Completas de Mortalidade para o Brasil referentes a 2019, divulgadas pelo órgão em novembro de 2020. O estudo aponta que uma pessoa nascida em 2019 tinha expectativa de viver, em média, até os 76,6 anos de idade, três meses a mais do que o verificado em 2018. Em comparação com dados de 1940, a esperança de vida no país teve um aumento de 31,1 anos.

Apesar da longevidade ter crescido em ambos os gêneros, as mulheres brasileiras vivem em média sete anos a mais do que os homens, podendo chegar aos 80,1 anos, enquanto a expectativa média para eles é de 73,1 anos. Essa diferença pode ser explicada pelo fato de a mortalidade masculina ser maior do que a feminina.

Na época em que o estudo foi realizado, um jovem de 20 anos tinha 4,6 vezes mais chances de não chegar aos 25 anos do que uma mulher da mesma faixa etária.

Homens são prejudicados

De acordo com o demógrafo Fernando Albuquerque, a expectativa de vida masculina no Brasil é prejudicada pelas mortes prematuras de jovens por causas não naturais, geralmente ligadas à violência.

“Na faixa entre 15 e 34 anos existe maior disparidade entre a taxa de mortalidade da população masculina em relação à feminina. Isso ocorre devido à maior incidência de óbitos por causas externas ou não naturais, como homicídios e acidentes, que atingem com maior intensidade a população masculina jovem", afirma Albuquerque.

Outra informação importante contida nas Tábuas é a que atesta o aumento da população idosa (pessoas com 65 anos ou mais) no país, passando de 2,5% em 1940 para 9,5% do total de pessoas em 2019.

“A diminuição da mortalidade nas idades mais avançadas fez com que as probabilidades de sobrevivência entre 60 e 80 anos de idade tivessem aumentos consideráveis entre 1980 e 2019 em todas as unidades da federação, chegando em alguns casos a mais do que dobrar as chances de sobrevivência entre estas duas idades”, destaca o demógrafo.

Queda da mortalidade infantil

Os dados do IBGE apontam uma queda da mortalidade infantil entre os anos de 2018 e 2019, passando de 12,4 por mil óbitos para 11,9 por mil. Desde a década de 1940, quando a taxa era de 146,6 mortes de crianças de até 5 anos para cada mil nascidos vivos, o órgão constatou uma queda de 91,9% no índice.

De acordo com Albuquerque, as taxas atuais ainda são consideradas altas se comparadas às de países ricos como a Suécia, onde a mortalidade atinge 2,5 por mil.

As Tábuas Completas de Mortalidade fornecem estimativas anuais da expectativa de vida dos brasileiros desde o ano de 1999. Os dados são coletados e analisados por profissionais aprovados no concurso para o IBGE e servem como um dos parâmetros para o cálculo do fator previdenciário com vistas às aposentadorias dos trabalhadores que estão sob o Regime Geral de Previdência Social.


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