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geddel lima
10.Fevereiro.2018

MPF quer 7 anos para Geddel por obstrução

à Justiça e embaraço às investigações das operações da Polícia Federal Cui Bono e Sépsis, que apuram desvios na Caixa Econômica Federal (CEF). O Ministério Público Federal (MPF) fez o pedido na sexta, 9, à Justiça Federal, para que condene o ex-ministro.

O MPF quer que Geddel Vieira Lima fique preso 7 anos. Em alegações finais, última fase da ação penal na qual Geddel é réu, os procuradores responsáveis pelo caso afirmam que o ex-ministro tentou evitar a delação premiada do empresário Lúcio Funaro, operador financeiro do esquema de corrupção.

No entendimento do MPF, Geddel atuou para constranger Funaro, telefonando por diversas vezes para a esposa dele, Raquel Pitta, quando o operador já estava preso, com objetivo de convencê-lo a não se tornar um delator.

“Dessa forma, era incutida em Lúcio Funaro a apreensão e o temor por represálias, para que não colaborasse espontaneamente com as investigações, causando, portanto, embaraço a investigação de crimes praticados por organização criminosa no âmbito da CEF”, argumentam os procuradores.

“Solidariedade”

Em depoimento prestado nesta semana ao juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, Geddel voltou a negar que tenha tentado amedrontar Funaro. Segundo ele, seus telefonemas eram para “manifestar solidariedade à família”.

“Falei algumas vezes com a senhora Raquel. Posso dizer que esses telefonemas amigáveis devem ter-lhe feito bem”, comentou o ex-ministro, comparando a situação de Raquel Pitta à de sua própria família após ele ter sido preso.

“Amigos de longa data me lançaram ao degredo, ao Vale dos Leprosos”, queixou-se Geddel, que não respondeu às perguntas feitas pelos procuradores, por orientação da defesa. Após as alegações finais da defesa do ex-ministro, o processo estará pronto para a sentença. Com Diário do Poder.