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10.Fevereiro.2018

Aéreas podem reduzir espaço entre poltronas

sem precisar seguir regras nem pedir permissão à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que, na prática, não regula nada. As empresas aéreas conseguem o que querem na Anac, como a instituição da cobrança de bagagem, criando um negócio milionário.

E hoje o fim da exigência de distância mínima entre as poltronas. Agora, as empresas é que decidem, abrindo o caminho para abusos. Há 18 projetos na Câmara dos Deputados sobre o tema, mas não andam, informa o colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Nos aviões da Latam, por exemplo, para a maior parte dos passageiros passou a ser impossível abrir a mesinha. O assento à frente, na Latam, fica a 30cm do nariz do passageiro, que fica sujeito a ferimentos com freadas bruscas, na aterrissagem.

Sem espaço

“A distância entre poltronas dificulta o acesso do passageiro ao assento. Na chilena Latam, todos viajam entalados, desrespeitados, humilhados. Além de caro, pegar um voo no Brasil se torna cada vez mais desconfortável”.

A Anac não estipula um espaço mínimo entre poltronas. A decisão fica a cargo da empresa fabricante da aeronave e da companhia área. No entanto, durante o processo de certificação, a Anac avalia se o espaço útil permite que o avião seja evacuado em até 90 segundos.

A Resolução nº 135, de 9 de março de 2010, cria cinco categorias de espaço: A, com mais de 73 cm entre poltronas; B, entre 71 cm e 73 cm; C, espaço de 69 cm e 71 cm entre as poltronas; D, de 67 cm a 69 cm de espaço entre as fileiras; e E, menos de 67 cm entre os assentos.

O espaço delas

Em nota, a Avianca informa que toda a frota está na categoria A, com mais de 73 cm. “A Avianca Brasil oferece o maior espaço entre poltronas aos clientes, sendo a única no país a conquistar a categoria "A" do Selo Dimensional Anac em todas as fileiras de assentos de todas as suas aeronaves”.

Já a Latam possui aeronaves nas faixas A, B e C. Segundo a Anac, em 2016 a empresa tinha 50 aviões na categoria A, 84 na B e 34 na C. Os passageiros da Azul viajam em aviões na faixa A (45) e na B (79). A Gol possui 86 na faixa A, 20 na B, 12 na C, quatro aviões na faixa D e um na faixa E.

Quem quiser mais conforto precisa pagar. Na Gol, 10 cm a mais entre os assentos e 50% mais de reclinação custam R$ 55. Na Latam, é preciso pagar R$ 29 para ter mais espaço entre as fileiras. A Azul cobra R$ 25 por mais espaço. Já a Avianca não possui o serviço. Com Diário do Poder.