que não monitoram o que os filhos fazem na internet, o que assistem no YouTube ou conversam no WhatsApp. A morte de Adrielly Gonçalves, de apenas 7 anos, por copiar um desafio online, chocou a cidade e chama a tenção para certos vídeos que circulam pela internet e têm nas crianças as principais vítimas.

Adrielly, de São Bernardo do Campo (SP), foi levada para uma Unidade de Pronto Atendimento com parada cardiorrespiratória e em estado grave. Os médicos tentaram reanimar a menina, sem sucesso. O Instituto Médico Legal vai definir a causa da morte, mas ela é clara.

A criança copiou um desafio online que consistia em ver quantos minutos podia ficar respirando um aerossol de desodorante. Uma parente contou no Facebook que ela “colocou o desodorante direto na boca e desmaiou, tendo uma parada cardíaca na sequência”.

“Foi por um motivo que jamais imaginamos, um vídeo sobre desafio de inalar desodorante aerossol”, comentou, acrescentando um alerta para que “os pais fiquem de olho nos conteúdos que os filhos pesquisam na internet”.

Asfixia e canela

O tal desafio, postado por youtubers com milhares de visualizações, consiste em inalar o desodorante e postar o vídeo. Outro é o “jogo da asfixia”, em que a competição é para ver quem prende a respiração por mais tempo, até desmaiar.

Idiotices do tipo são variadas. Uma delas é o desafio de inserir camisinhas pelo nariz e tirar pela boca, outra é comer canela em pó em grande quantidade (que pode levar à morte), passar cola no nariz e na boca (que impede a respiração). Tudo perigoso, ainda mais para crianças.

A ONG DimiCuida, do Ceará, registrou 24 mil vídeos em português que propõem “desafios de desmaio”, isso apenas no YouTube, onde existem outros 800 mil em inglês. Além disso, há convites a jogos deste tipo em postagens no Instagram, Snapchat, WhatsApp e fóruns de game.

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