a regiao
Find more about Weather in Itabuna, BZ
bunker de geddel
17.Fevereiro.2018

PF investiga elo de bunker de Geddel com fraude

na CEF no âmbito da Operação Tesouro Perdido. O bunker dos R$ 51 milhões dos irmãos Lúcio e Geddel Vieira Lima pode estar ligado aos supostos esquemas de corrupção na Caixa Econômica Federal. Os investigadores apreenderam atas da instituição na casa da mãe do ex-ministro.

O documento mostra que a Caixa liberou R$ 5,8 bilhões em créditos a empresas investigadas. Do total, R$ 4,4 bilhões foram destinados a empresas da holding J&F. A mãe do ex-ministro, Marluce Quadros Vieira Lima, também foi denunciada na investigação.

A denúncia foi feita em dezembro pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Geddel, Lúcio e o empresário Luiz Fernando Machado Costa Filho são acusados de associação criminosa e lavagem de dinheiro. Deles, a Procuradoria cobra R$ 51 milhões.

Doleiro confirma

A PF ainda investiga a origem do dinheiro. Um dos caminhos apontados pelos investigadores é o doleiro Lúcio Funaro, que revelou ter levado malas de dinheiro ao emedebista em voos a Salvador, que totalizaram R$ 20 milhões.

De acordo com as investigações, Funaro reconheceu entre os R$ 51 milhões maços de dinheiro de um banco ligado à J&F. Funaro reconheceu ainda ter operado propinas para peemedebistas relativos a negócios da Caixa Econômica.

Para a PF, Geddel agia na instituição financeira “para beneficiar empresas com liberações de créditos dentro de sua área de alçada e fornecia informações privilegiadas para os outros membros da organização criminosa que integrava”.

Atas comprovam

Ela considera que as atas da Caixa apreendidas na casa da mãe de Geddel apresentam “informações relevantes à investigação” sobre o bunker em Salvador. O relatório, assinado pelo agente Arnold Mascarenhas, destaca a análise que levou em consideração investigações anteriores.

“Apesar de ocupar o cargo de vice-presidente de Pessoas Jurídicas da CEF entre abril de 2011 e agosto de 2013, o ex-ministro catalogou também as Atas em que foram aprovadas operações com as empresas investigadas nos anos que sucederam a sua gestão”, concluiu.

Em uma das pastas, há na capa a anotação “Para a defesa”. Os agentes dizem entender que, apesar de encontrada na casa de Marluce, é “nítido” que os documentos são de Geddel. A PF destaca ainda que o valor global dos valores constantes nas atas somam R$ 28,7 bilhões. Com Diário do Poder.