e o famoso cafezinho é uma das bebidas mais consumidas do mundo. Seu consumo é apreciado e exaltado por muitos, enquanto outros destacam malefícios. A verdade é que o café tem benefícios comprovados pela ciência, mas a quantidade deve ser observada.

O excesso é associado ao aumento da pressão arterial e níveis de colesterol, mas está relacionado com o modo de preparo. O cafestol, responsável pelo aumento dos níveis séricos de LDL-c, é mais encontrado no café turco ou fervido do que no filtrado e instantâneo.

Mas o café é relacionado a um efeito protetor contra doenças cardiovasculares, reduz o risco de se contrair cirrose hepática ou alcoólica e câncer de fígado. O café tem alto efeito antioxidante, porque é fonte de ácidos clorogênicos, capazes de inibir inflamações.

Cartilha do MS

A publicação “Desmistificando Dúvidas sobre Alimentação e Nutrição”, do Ministério da Saúde em parceria com a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), diz que “os efeitos do café no organismo, assim como alguns tipos de chás, derivam de substâncias bioativas como a cafeína”.

“Além dela, que é estimulante do sistema nervoso e do músculo cardíaco, há ácidos clorogênicos, que possuem atividade anticancerígena e propriedades antioxidantes; e diterpenos, relacionados com o metabolismo lipídico”.

A cafeína é considerada uma substância de doping pelo Comitê Olímpico Internacional, pelas supostas propriedades ergogênicas (substâncias ou artifícios que aumentam a capacidade para o trabalho corporal ou mental).

De fato, a substância é relacionada com um maior desempenho por diversos fatores, como aumento da pressão sanguínea, aumento da quebra de gordura, aumento das secreções gástricas e ativação do sistema nervoso central.

Por causa do poder estimulante e dos benefícios para atividades físicas, muitas pessoas que fazem treinos e exercícios prolongados e de alta intensidade utilizam a cafeína em forma de cápsulas. O suplemento possui uma forma mais concentrada da substância.

Moderação

Se por um lado o café é mencionado como uma bebida com diversos benefícios ao corpo humano, também existem casos em que ele pode mais atrapalhar. O consumo acima de três xícaras pode causar algum tipo de mal-estar, pressão alta e ansiedade.

“O seu consumo excessivo pode relacionar-se à insônia, à taquicardia, à hiperatividade, entre outras consequências, as quais dependem da quantidade consumida e de características individuais do consumidor”, informa o relatório.

Apesar de as pesquisas não serem totalmente conclusivas, o Ministério da Saúde recomenda o consumo. “Pode gerar benefícios ou ser inócuo à saúde, uma vez que faz parte da cultura alimentar do brasileiro. No entanto, sugere-se não adicionar açúcar.”

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