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4 de Abril

Jorge Solla, secretário de Saúde da Bahia

"O município não resolveu a crise herdada dos ex-gestores"
jorge solla - diz o secretário estadual de Saúde, Jorge Solla, ao avaliar a crise no sistema de regulação em Itabuna e a manutenção do índice de infestação de dengue na cidade, hoje em 16,8%, percentual maior que o registrado em novembro (15,5%).
      Solla esteve em Itabuna na quinta-feira, 2, para uma reunião com os secretários de saúde de 20 municípios, na Santa Casa de Misericórdia de Itabuna.
      O tema principal foi o avanço da dengue no sul da Bahia e o caos encontrado nas secretarias municipais que passaram por mudança de governo. Confira os principais trechos da entrevista ao A Região.

A Região - O sul da Bahia continua como a área mais atingida pela dengue. Quais as ações do governo para inibir este avanço?
       A absoluta maioria dos casos graves é registrada aqui, de Jequié a Itabuna, Ilhéus, Eunápolis e até Porto Seguro. Estamos voltando nossas atenções para estas áreas.
       Abrimos três centros de hidratação em Itabuna e outros em Ilhéus, Floresta Azul e Coaraci, além de dar apoio à prefeitura de Buerarema. Outras unidades foram abertas em Porto Seguro, Eunápolis, Santa Cruz de Cabrália.

AR - Como o senhor avalia os resultados em Itabuna?
       Eu acabei tendo que vir aqui correndo. Cheguei às oito horas da manhã e estou de volta para a Bahia hoje à noite. Vim cumprir um compromisso de reciprocidade.
       Aqui, estes serviços de hidratação têm sido essenciais diante da falta de atendimento na rede básica, para evitar que os pacientes se agravem e fiquem sem assistência.

AR - Os serviços da rede básica em Itabuna não melhoraram?
       Até o momento não temos indicadores que apontem para uma melhora. Inclusive, o índice de infestação continua superior a 16%. Isso é preocupante, pois mostra que não houve ainda um impacto suficiente para reduzir a população do mosquito.
       Não houve uma redução mesmo com todos os esforços do estado para apoiar o município com os Bombeiros, material, treinamento, apoio a várias ações e helicóptero para identificar focos.

AR - Os novos índices são preocupantes. Qual a solução defendida pelo estado?
       A prefeitura tem que contratar mais agentes de combate a endemias, ampliar as ações de limpeza pública, as ações de mobilização da população para fazer as ações nas residências.
       Não basta você ficar abrindo centros para atender os pacientes se não conseguirmos reduzir a ocorrência de novos casos e os índices de infestação.

AR - Qual sua leitura desta infestação tão alta?
       Por um lado, poderia-se dizer que, se não houvesse esse trabalho, talvez o primeiro LIRAa (de 2009) não fosse 16,8%. Talvez fosse mais. Se no ano passado já tínhamos 16,5%, a tendência nesse verão era subir mais ainda. E houve localidades onde chegou a 60%.

AR - Essa é uma leitura otimista. E a outra?
       Numa leitura mais pessimista, poderíamos dizer que o impacto ainda foi pequeno mesmo com todas as ações. Então, vamos precisar sentar, discutir com a prefeitura, estudar melhor a situação.
       Isso aponta que as grandes intervenções (limpeza pública, agentes de endemias com a identificação focal) precisam ser intensificadas.

AR - Quais são os municípios que mais preocupam?
       Floresta Azul e Itabuna, mas existem municípios que sinalizam com a necessidade de intensificação. Estamos indo inaugurar uma unidade de hidratação em Coaraci (na quinta-feira, 2, quando morreu no município Ezequias Oliveira Santos, de 5 anos).

AR - De que forma o estado assiste estes municípios?
       O governador Jaques Wagner autorizou a compra de mais veículos para as Dires, compramos mais pulverizadores costais para fazer o combate químico local, ampliamos a frota de UBV (carro-fumacê).

AR - Itabuna enfrentou tumulto na marcação de consultas. Houve redução de cotas de exames e consultas?
       Fizemos um balanço com os secretários municipais e não foi identificada essa redução em outros municípios. Na verdade, não houve redução de cotas em Itabuna. O Hospital de Base ampliou internamento, exames e atendimento de emergência.
       A Santa Casa, que não tinha emergência do SUS, abriu 20 leitos no São Lucas e mais 30 no Hospital de Base. Ela tinha baixa oferta de procedimentos de oncologia e neurocirurgia, mas vem aumentando. O próprio Cemepi (antigo Ipepi) ampliou.

AR - Por que o município reclama que o estado cortou as cotas?
       Temos um problema sério de oferta porque a quase totalidade das consultas médicas especializadas eram feitas na rede municipal, principalmente na Policlínica 2 de Julho. Fizemos um contrato com a prefeitura em que pagamos mais do dobro do que eles estão produzindo.
       Se a prefeitura não retomar as consultas especializadas, vai haver uma deficiência, porque ela era a grande prestadora disso. A Policlínica já chegou a atender mais de 30 especialidades, e ainda tem o centro de reabilitação física (Creadh) e os Caps.

AR - O estado pode fazer para melhorar a situação?
       Justamente para que não houvesse essa desassistência é que fizemos um contrato inovadorr, inédito, com a rede municipal, para pagar um valor pré-estabelecido, independente da produção. Infelizmente, pelo que eu estou vendo, não surtiu efeito e a oferta de consultas especializadas continua muito baixa.

AR - Itabuna recebe mais ou menos dinheiro depois da municipalização?
       Em média, por mês, estamos gastando R$ 2 milhões a mais do que era aplicado pela secretaria municipal de saúde antes do processo de desabilitacão (em novembro).
       Além disso, a Santa Casa (hospitais Calixto Midlej Filho, São Lucas e Manoel Novaes) e o Hospital de Base estão produzindo como não produziam há muito tempo. O Hospital de Base aumentou número de internações, exames e leitos.

AR - Então, onde está o problema?
       Primeiro, a rede básica. As unidades que nós abrimos para pacientes com dengue estão recebendo um volume de pacientes que deveria estar sendo atendido na rede básica.
       Eles vão para as que inauguramos porque nas unidades básicas não tem médico, o PSF não está funcionando. O profissional contratado pela prefeitura não foi trabalhar ou só foi lá assinar a freqüência antecipadamente.

AR - Ou seja, a rede básica não funciona...
       É, sem a rede básica funcionando, você cria uma dificuldade. A grande demanda que você atenderia nela termina indo para as emergências e unidades especializadas.
       O segundo é que a gestão municipal não está conseguindo solucionar a crise que a gestão passada (Fernando Gomes) deixou. E a Central de Regulação de Itabuna precisa de mecanismos mais adequados para gerenciar a oferta e a distribuição (de exames e consultas).

AR - Há uma saída para esta crise?
       O estado implantou um sistema informatizado, via internet, que está sendo bem avaliado pelos secretários da região. Facilita o acesso dos pacientes de outros municípios a procedimentos feitos em Itabuna. Precisa de alguns ajustes, mas já facilita o acesso e a relação dos pacientes com os serviços.

 

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