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18.Agosto.2012




Juçara, candidata a prefeita de Itabuna


“Há muitas reclamações sobre descaso com saúde, educação”
Jucara Feitosa afirma Juçara Feitosa, candidata a prefeita de Itabuna pelo PT, que está em sua segunda campanha. Nas eleições de 2008 ela teve mais de 40 mil votos, mas não foram suficientes para conquistar o cargo.
      Desta vez ela tem como vice a professora da Uesc Acácia Pinho, formando uma chapa feminina que garante ter sensibilidade para detectar e resolver os problemas de Itabuna. Juçara deu esta entrevista a Marcel Leal e Ailton Silva na rádio Morena FM 98.7.

Acha que o seu eleitorado cresceu em quatro anos?
       A nossa votação foi extremamente expressiva. Tivemos 42 mil votos em um município que tem 206 mil habitantes e que é orgulho para todos nós. Há quatro anos fizemos uma campanha belíssima, não obtivemos sucesso, mas penso que o nosso eleitorado tem uma tendência a se renovar e também a crescer.

A situação hoje é mais favorável?
       Hoje existe um novo olhar. São duas mulheres, juntas, prefeita e vice-prefeita.

Você acredita que a má administração do atual prefeito favorece sua candidatura?
       Com certeza. A rejeição ao gestor é muito grande. Há muitas reclamações sobre o descaso com a saúde, com a educação, com a infraestrutura. Mas não causam perplexidade apenas os desmandos e as tantas denúncias contra o atual prefeito, mas também o silêncio da Câmara de Vereadores de Itabuna. Isso é muito grave, a população tem falado muito.

Os vereadores não cumpriram o seu papel?
       O papel do vereador é legislar e fiscalizar o prefeito, além de apontar alternativas. O que vimos na cidade foi um total descaso do prefeito e da Câmara com a população. Os bairros estão praticamente todos abandonados. No Nova Califórnia, por exemplo, a insatisfação é enorme com a política e com esse prefeito que se encontra aí. Existe também uma grande decepção com os vereadores.

Se eleita, como será o seu governo?
       A nossa candidatura se coloca nesse momento onde as pessoas querem um rastro de esperança, querem o desenvolvimento de Itabuna, pessoas bem cuidadas, ruas pavimentadas e boas políticas públicas. Hoje, o que vemos é um caos na saúde.

Por que a saúde só tem piorado?
       A saúde é a área da qual eu ouço mais reclamações. Falta competência para gerenciar essa área. Não se pode dizer que esse governo não teve recursos. Foram R$ 100 milhões. Muito dinheiro para a saúde. Um procedimento cirúrgico às vezes demora até dois anos para ser realizado. Muitos exames deixam de ser feitos e o atendimento é inadequado nos postos de saúde.

Há muita reclamação de que falta o básico.
       Falta o mínimo. Não se tem um remédio, não há médico para a maioria das especialidades. Os postos de saúde estão em completo abandono, sucateados. O que vimos foi um verdadeiro desmando em Itabuna. A nossa principal bandeira é a saúde no sentido de unir ações do governo federal com o município de Itabuna, inclusive de aplicar não só os 15% da saúde. Precisamos investir mais.

A situação parece ainda pior com relação aos serviços mais complexos.
       No Hospital de Base de Itabuna há uma aparelhagem, para atendimento especializado em cardiologia, que está paralisado há oito anos. Um aparelho de R$ 10 milhões encaixotado. Sem uso e estragando, enquanto pessoas estão morrendo todos os dias por falta de atendimento cardiológico.

Na saúde básica?
       Vamos ampliar o Programa de Saúde da Família. Só temos 40% de cobertura. A cidade cresceu, somos 206 mil habitantes. O que falta também é uma reorganização, uma gestão em que o secretário seja da cidade, que conheça os problemas de Itabuna.

Você acha que também compromete a qualidade dos serviços?
       Precisamos de pessoas que saibam onde é um bairro, onde fica o Santo Antônio. Que conheça o sofrimento das pessoas, que assumam a responsabilidade. Porque é fácil dizer que a culpa é do estado e não apontar soluções. Precisamos conversar sobre a Gestão Plena. A perda da Plena decorreu da má gestão de serviços e também os desvios de recursos.

Para você, o descaso é total com a saúde?
       Sim. Um exemplo é a burocracia para se realizar exames nos postos de saúde. Hoje, a pessoa precisa sair do bairro em que mora para levar o resultado no Hospital de Base. Pode-se fazer a coleta nos postos de referência e um motoboy ou outro serviço especializado fazer o transporte e a coleta desse exame.

Com relação aos médicos que não cumprem as oito horas nos postos. O fazer?
       Precisamos estabelecer uma relação melhor com os servidores. Treinamentos, capacitação, motivação também. O chefe do posto da Califórnia, por exemplo, é uma pessoa que não é vinculada à saúde, que não tem nada a ver com saúde. Vamos acabar com esse tipo de coisa.

Pelo que você observa tem gente sem capacidade técnica.
       O Hospital de Base é um exemplo disso. Quem comanda os serviços são Pedro Gago e Pezão. Eles estão lá por apadrinhamento político. Não entendem nada sobre saúde, administração. Mas ali existem bons profissionais, servidores. Temos que valorizar as pessoas qualificadas e aumentar o número de leitos.

Como um eventual governo seu pode ajudar a combater a violência?
       Pretendemos adotar diversas medidas. Uma delas é a criação da Secretaria Municipal da Juventude, que é uma ação integrada para combater a insegurança. Através dela será realizada a qualificação da mão-de-obra.

Quais as outras ações?
       Podemos fortalecer programas do governo federal, como PET e Agente Jovem. Não temos que ignorar os bons programas que funcionam em outros municípios e não estão sendo bem utilizados em Itabuna. A juventude precisa se qualificar, precisa ser treinada, orientada para o futuro.

Itabuna não tem espaços de lazer. Isso ajuda aumentar a violência?
       Sim. Muitos campo e quadras poliesportivas foram abandonados. Itabuna só tem cinco quadras esportivas. O campo e a quadra do Monte Cristo, por exemplo, não existem mais.

O que pretende fazer para melhorar a mobilidade urbana?
       Estamos fazendo um planejamento para melhorar o trânsito. Temos que investir na capacitação, no ordenamento e monitoramento. Mas precisamos ouvir a comunidade, comerciantes. O tempo de espera para pegar ônibus de um bairro para outro aumentou nos últimos meses. Isso ocorreu porque implantaram um programa e não ouviram ninguém. O ItabunaCard vem causando muitos transtornos.

E quanto ao trânsito?
       Precisamos reordenar a cidade. Tem que ter intervenções físicas que melhorem o fluxo de veículos, um transporte de qualidade que atenda a população. Temos que pensar em um serviço de qualidade porque essa tarifa é alta. As pessoas que utilizam o transporte coletivo estão extremamente insatisfeitas pelas demoras, pelo descaso, pela falta de acessibilidade.

Os moradores dos bairros são os que mais sofrem.
       Sem dúvida. No São Roque, no Loteamento Pedro Fontes, são 400 apartamentos e precisa de um olhar positivo do poder público. Não tem iluminação, a pavimentação é zero. São quase 3 mil pessoas que se utilizam do transporte coletivo.

Você tem projeto para as feiras-livres?
       Elas são um caos. São centenas de pessoas que sustentam as suas famílias com o que ganham nas feiras-livres e elas estão abandonadas. Precisamos de padronização, reordenar os espaços físicos. Não precisa tirar a feira do lugar. O que precisamos fazer é resolver os problemas.

Por que muito do prometido durante a campanha não é cumprido?
       Principalmente no atual governo. Por exemplo, as carteiras de motorista de graça, as 20 mil bolsas renda municipais. Cadê a prefeitura móvel, aberta? Nada saiu do papel. Estamos falando de um novo olhar para Itabuna. São duas mulheres, Jussara e Acácia e estamos com oito partidos.

Só o governo federal investe em Itabuna. Por que isso?
       Não só o governo federal, mas também o estadual. Um exemplo disso é a barragem do Rio Colônia, que vai possibilitar que Itabuna tenha água por 50 anos. A barragem será feita pelo governo do estado. Já veio o dinheiro para Itabuna e ela não foi feita.

Quando sai esse projeto?
       A licitação para a construção da barragem sai em novembro. Mais de R$ 60 milhões do governo federal e do estado estão liberados. Precisamos revitalizar o nosso rio, conter as enchentes, além de servir água de qualidade à população de Ferradas e Nova Ferradas, Sinval Palmeira, Urbis IV e Jorge Amado. Os moradores dessa área bebe água salobra. E com água vamos atrair indústrias.

O que está faltando para a instalação da Ufesba?
       Até hoje a Prefeitura de Itabuna não fez a doação para a instalação da Universidade Federal no município. Essa instituição é importantíssima para o desenvolvimento da nossa cidade.

O imóvel onde se iniciou o Centro de Convenções não pode ser um anexo do Hospital?
       Precisa-se fazer um estudo para saber o que tem ali e o que serve. O certo é que é um elefante branco. Foi um projeto eleitoreiro. Entendo que precisamos retomar aquela obra, estudando sobre o que é possível fazer, porque é dinheiro púbico que foi aplicado ali. A cidade precisa ser planejada. Ao lado do hospital tem um projeto de moradias. Penso que isso vai inviabilizar a ampliação da unidade.

Você é a favor do Centro de Convenções ali?
       Vou trabalhar junto ao governo estadual para que Itabuna tenha seu Centro de Convenções, que atenda bem a comunidade de Itabuna. Um lugar amplo e confortável que comporte grandes eventos. Um espaço de multiuso para a realização de seminários, feiras e formaturas. Um pavilhão de feiras.

Os espaços públicos são mal utilizados?
       Sim. Podemos cobrir e transformar os canais dos bairros São Caetano, Califórnia e Santo Antônio. Podemos transformá-los em espaço de lazer. O que não podemos é deixar que milhares de pessoas vivam em situação degradante em área próximas desses canais. Não sou contra a cobertura do canal da Amélia Amado, mas penso que o projeto foi mal elaborado.

Todo mudo fala em salvar o Rio Cachoeira, mas ninguém faz nada. Por que isso?
       Porque é uma obra que fica debaixo da terra. Nenhum político teve coragem de fazer, mas eu vou fazer. Pretendo tratar 100% do esgoto de Itabuna e revitalizar o nosso rio. Vou buscar dinheiro com o governo federal e estadual. O nosso projeto já está sendo elaborado.

Quanto ao lixo. O que pretende?
       No primeiro momento, Itabuna precisa de um grande mutirão de limpeza porque hoje é muito deficiente.

 

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